Ontem, numa tarde agradavel, um passeio agradavél me mostrou a São Paulo (linda) que existe além dos prédios.

Um café gostoso, numa cafeteria (famosa e) bonita no meio do caos. E eu estava la, entre os executivos, os turitas, os nativos... E estava só apreciando aquele lugar, além das outras lojas que existiam naquele shopping que possui alguns do metro quadrado mais caro do país.

Estava apreciando uma conversa tão gostosa quanto o frappuccino chocolate que tinha 'marina' escrito no copo. Estava apreciando a hipocrisia de um guardanapo ecologicamente correto, e a indiferença daqueles que estavam a utilizar-lo.

Depois da cafeteria apreciei a beleza dos prédios de uma São Paulo que só tem predios. É bonito, de verdade.
É bonito por que tem céu. Os predios altos ainda não o esconderam.
É bonito por que tem gente, faz frio, e chove.

E no meio de tantos predios: o maior vão livre do mundo sustentando inumeras obras de arte.
Embaixo dele, amigos conversando, rindo, ignorando os predios, os limites verticais...
E na frente dele, um parque.

Um parque estranho, parece floresta, dá medo de entrar. Mas quando se entra não se quer mais sair. Parece mais floresta ainda.
Pessoas passeavam com o cachorro como se estivessem numa cidade de interior e quanto mais eu caminhava, mais o frio chegava mais perto.

Lá existe uma ponte que não corta rios. Uma ponte de 1909 criada para passar em cima de carros. As ruas são os rios de hoje.

Do outro lado da ponte fazia mais frio e quanto mais eu admirava tudo aquilo, mais minha mão gelava e era gostoso sentir o vento adormecendo meu nariz.
O tempo la passou como se fosse nada. Sem pressa, porém tão rapido quando uma luz.
E quando eu tiver que ir, fiz questão de levar um pedaço de lá pra mim.

E de deixar lá um pedaço de mim.

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