Fotografias, por exemplo.
Eu, que adoro fotografar. Eu, que sempre achei as fotografias fantásticas por registrarem momentos com um único 'click'. Eu, que vivi fotografando tudo por onde passei, tudo o dava, tudo o que importava...
Eu. Fui eu mesma. Eu, que hoje chorei vendo algumas das minhas fotografias.
Este dia, esta manhã, este ban-eid que carinhosamente eu coloquei no teu dedo calejado. Tudo, tudo fora inesquecível. Eu não precisaria das fotos para lembrar, mas talvez sem elas fosse mais fácil esquecer.
No entanto é ai que elas estão.
Fotografias, quase vídeos (e ainda bem que não os são).
Eles trouxeram frescas lembranças. Aquele dia amanhecendo, o relógio batendo 5 e 18... tudo fora inesquecível. E como se não bastasse, tudo foi registrado, pelas malditas fotografias.
Fotografias.
Nós, olhando para o teto. Brincando com a mais nova aquisição do carnaval. Rindo das cores, dos efeitos, rindo de quando deixaste voar, rindo de quando a bateria acabou.
Foi bom ter acabado... como foi.
Eu poderia esquecer, de quão lindas eram estas luzes. Mas não, as fotografias não deixaram.
De fato o escuro, este eu não pude esquecer. Nem de como era ver seu rosto no meio do nada.
Eu não fotografei, mas eu jamais ousaria esquecer.
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